Na tarde desta quarta-feira, a equipe da Arauto FM foi brindada com uma visita pra lá de especial. Trata-se de uma menina de 6 anos, deficiente visual, cujo sonho era conhecer a rádio. Confira o depoimento de Tiago Rocha:
"Vivemos um momento emocionante aqui na rádio a pouco! Uma menina de 6 anos, cega, veio conhecer a rádio, era o sonho dela. Ela sabe cantar todas as vinhetas da rádio, sabe o nome de todos os locutores, sabe todos os slogans. Ela passou a mão no rosto de todo mundo pra conhecer... O Fabricio Freitas estava emocionado até agora... Isso é fantástico, a rádio tem apenas 45 dias!"
Os conceitos sobre a deficiência que ainda povoam o imaginário de muitas pessoas revelam a dicotomia presente em nossa cultura entre: perfeição/ imperfeição, deficiência / eficiência, normalidade / anormalidade. Esses conceitos influenciam e geram sentimentos como: medo, tensão, ansiedade, insegurança. Esses sentimentos revelam atitudes conscientes ou inconsciente tipo: “Ele é tão inteligente que nem parece cego” ou “Ela anda tão
ResponderExcluirbem como se não fosse cega”. Essas são formas simuladas de negação.
A criança com deficiência visual tem os mesmos direitos sociais de igualdade de oportunidades educacionais o mais cedo possível, garantidos pela nova LDB. Como as demais crianças, devem se tornar membros efetivos da comunidade.
A inclusão de crianças, com deficiência visual em espaços de socialização e cultura por excelência, em conjunto com a família, poderão desempenhar importante papel no processo de desenvolvimento, aprendizagem e participação social dessas crianças. A inclusão e educação precoce são fatores preciosos não apenas para otimização do potencial de aprendizagem das crianças com deficiência visual, mas são capazes de romper com a visão mítica, discriminatória e carregada de preconceito acerca das possibilidades das pessoas com deficiência visual.
A criança com deficiência visual, como as demais crianças, apresentam inúmeras possibilidades. Entretanto, diferentemente das demais, tem necessidades específicas de aprendizagem, para as quais precisa de apoio e recursos especiais.
Com orientação adequada, algumas mudanças e adaptações na escola, no currículo e na maneira de interagir e ensinar, todas as crianças podem se beneficiar da convivência e aprendizagem junto com
outras crianças que aprendem por caminhos diferentes. As crianças com deficiência visual não são muito diferentes das outras crianças, tem as mesmas necessidades afetivas, físicas, intelectuais, sociais e culturais. As necessidades básicas das demais crianças: atenção, cuidado, relação e interação positiva, afeto e segurança são essenciais para as crianças com deficiência visual.
Gostam de brincar, passear, conhecer pessoas e conviver com outras crianças. Se tiverem a oportunidade de conviver desde cedo em ambientes organizadores que favoreçam a construção do vínculo, trocas afetivas e sociais favoráveis e um ambiente de aprendizagem significativa, que atenda às suas necessidades, não se diferenciam em inteligência em relação às outras crianças.
Em decorrência da deficiência sensorial, apresentam necessidades específicas, caminhos e formas peculiares de apreender e assimilar o real. Necessitam de mais tempo para vivenciar e organizar suas experiências, aprender e construir conhecimentos.
Compreendidas essas especificidades poderão se beneficiar e obter sucesso na inclusão social.
Parabéns à Rádio Arauto que soube receber esta menina e lhe dar o citado acima. Louvável!
Quando os olhos são cegos, é preciso ver com o coração, muito bom o que vcs estão fazendo grande sucesso a radio e ao colega thiago rocha....
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