Ahhh, como eu queria! Quem me conhece, sabe que sempre fui a-pai-xo-na-da por gatos, tive vários, uns 10, creio. Mas desde abril do ano passado, minha vida mudou com a chegada dele. O samoieda que virou nossa criança. Por ele, foi paixão à primeira vista.... era uma bolinha de pêlo branco, coisa mais cuti cuti. Hoje tá um "cavalão", ou uma raposinha, como chama carinhosamente uma vizinha. O Marley ganhou esse nome não por acaso. Ainda que não seja labrador, tem o gênio do Marley, do filme/livro...
Pois chegou o Domingo Animal, no último fim de semana. Vários cãezinhos que tiveram até então uma vida bem diferente da que teve meu guri, o Marley. Eram cãezinhos vítimas de maus tratos e que já carregam na biografia muita tristeza por terem passado maus bocados nas mãos de quem deveria cuidar. Então eu cheguei perto das gaiolas e vi ele.
Cor caramelo, gravatinha no pescoço, coleira avermelhada. Uma graça de cusquinho. Aí eu penso que é o cachorro que escolhe o dono e não o contrário. Com aquele olhar pidão, ele ganhou meu afeto, ainda que eu soubesse, lá no fundo, que não poderia levá-lo comigo. O Marley, entrando na adolescência, anda muito rebelde.
Mas fiquei acompanhando o cusquinho, todo dócil e carinhoso. E não fui a única. Tinha uma criança aos prantos para a mãe, pois queria levá-lo para seu apartamento. A mãe, sábia, disse que assim que se mudassem para uma casa, ainda neste ano, adotariam um bichinho. Mas assim, para ficar trancado, seria judiaria. Também penso assim.
Mas a questão é que o Cusquinho (acabei de batizá-lo) é um charme, assim como todos os cãezinhos que estavam lá para serem adotados. Ainda que eu não saísse da Praça José Bonifácio no último domingo com o irmãozinho pro Marley, fiquei feliz porque ele ganhou um novo lar. Um lugar para receber carinho, água, comida, brinquedo. E com certeza, Cusquinho está pronto para retribuir.
Carolina Almeida
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