11 de fev. de 2012

Quem esteve no Sambarauto?

Foi no ano 2000 que nasceu a ideia de unir os colegas de trabalho e amigos mais próximos para festejar o Carnaval. Deu tão certo que surgiu o Sambarauto, bloco carnavalesco que durou seis anos. A gurizada da época - hoje na média dos 30 anos - tinha mais uma opção para se divertir nas concentrações, vestir uma camiseta criada especialmente para a folia e ir aos eventos de Vera Cruz e em algumas vezes fora do município, como o famoso carnaval de Santa Clara. Bons tempos aqueles e tenho certeza que a turma que participou relembra mais das concentrações do que das próprias festas de carnaval.

O Vilnei, que adora a folia do Momo, relembra que, na verdade, nem era para ser um bloco, originalmente a brincadeira era criar um grupo de pagode, mas como ninguém sabia tocar instrumento algum,então partiu para o bloco. "E a ideia deu tão certo que logo que anunciamos, uma galera se juntou a nós. E dos vinte e poucos que começamos, atingimos mais de 200 integrantes que se divertiam mesmo era nas festas de concentração que a gente fazia. Às vezes, nos aventurávamos para O Ullrich e para Santa Clara do Sul. Foi um dos bons e marcantes momentos do Carnaval em Vera Cruz, pois até em desfile de rua o Sambarauto participou", conta o Vil.

Já a Daia, que também é uma das fundadoras do Sambarauto, nunca foi muito fã de Carnaval, mas o Sambarauto foi algo muito especial e cheio de peripécias. Mesmo antes de a festa começar de fato, já iniciavam os preparativos por parte da equipe do jornal. Primeiro, achar um local adequado para reunir todos nas noites de festa.Depois, saíamos nós, em comitiva, para recolher donativos no comércio local em nome do Sambarauto. E qual era nossa surpresa, já que a grande maioria das empresas auxiliava com dinheiro para o combustível (cerveja) da nossa folia. E fazíamos uma varredura na cidade. Comércio e empresas eram gentilmente visitados por nós, que jamais pudemos reclamar da receptividade recebida.

Também tinha a função das camisetas. Pensávamos em logotipos diferentes a cada ano, na cor da camiseta, no tecido. Íamos em busca de bons preços. Depois, recebíamos os pedimos dos foliões, fazíamos a cobrança. Tudo pensado e organizado para proporcionar bons momentos aos integrantes do Sambarauto. Na concentração, mais organização. Uns ficavam na entrada, outros no bar. Revezamento garantido para que cada um pudesse aproveitar um pouquinho. Os figurinos também variavam, hora com trancinhas no cabelo, ora com chapéus e outros adereços carnavalescos. Camisetas cortadas de todas as formas para garantir a originalidade, mas sempre com o cuidado de não "afetar" a marca Sambarauto.Quando tinha desfile, nosso bloco estava lá, com estandarte inclusive. Feito sob medida e personalizado. A alegria era contagiante.Quantos amigos fizemos, quantas histórias cada integrante do Sambarauto deve ter pra contar.
Nos anos de sua história, só aumentava o número de pessoas que integraram este bloco, que começou numa junção de colegas e acabou tomando proporções que nunca imaginaríamos.

E a Néia, que também participou do início do Sambarauto, no ano em que ainda nem funcionária do jornal era, reforça as lembranças da Daia, especialmente a busca de patrocínios para a cerveja. O mais generoso era sempre o seu Inácio, na Prefeitura. Bons tempos aqueles. No desfile de rua, em certo ano, lembro da Daniela Thier (hoje Roloff) puxando o "samba-enredo" na rua. O Butox (Marcelo Boeck) e a Néia como mestre-sala e porta-bandeira (neste caso, porta-estandarte). Tínhamos toda a produção de fotos antes do carnaval, com alguns foliões devidamente caracterizados, para divulgar os preparativos no jornal e até saíamos mais cedo do expediente pra varrer a sede da concentração, encher balões, ver se a bebida estava gelada. E isso se repetia a cada dia. No fim do feriadão de carnaval, estávamos mais podres do que antes, mas sabíamos que tudo tinha valido a pena. A garotada estava ainda mais integrada ao bloco, a imagem do Arauto, como veículo comunitário, estava fortalecida, e ainda ficava a expectativa das fotos na social do Vil na semana seguinte. E vocês, foliões, lembram daquela época? De festa no Clube, na Aced, no Engenho? Ôôô saudade, hein?! Te localiza nas imagens!

Vil, Daia e Néia




2 comentários:

  1. Eu participei de duas edições. E esses dias encontrei uma foto aqui nos arqivos do Jornal... mi Senhor, com cabelos dourados para a folia. Foi no ano da camiseta amarela. Boas lembranças! Naquela época eu nem imaginava que um dia faria parte não só do Sambarauto, mas da família Arauto!

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  2. No último eu estava ali. Mas participei também no ano em que as camisetas eram pretas. Incrementávamos a maquiagem com purpurina e as camisetas com cola glitter. Hehehe.. Tinha toda uma preparação e expectativa. Bons tempos!

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