Eu mal e mal tinha saído do Ensino Médio e prestado vestibular para o tão sonhado curso de Jornalismo, na Unisc, quando a oportunidade me bateu à porta. Sim, ela veio até mim, coisa rara hoje em dia, em tempos de crise. A guria que sonhava em escrever no jornal, tri enraizada em sua cidade de coração, Vera Cruz, se tornaria auxiliar de redação. O empurrãozinho veio da amigona Mariara Carlos da Silva, que se tornou a primeira mestre e exemplo de profissional.
Aí o aprendizado cotidiano na faculdade, com tantos outros mestres, fez com que a vocação - e a profissão - se solidificassem em mim, como se eu não tivesse nascido para fazer outra coisa. E acho que, de fato, não nasci.
De 2002 para cá, a auxiliar de redação, repórter, fotógrafa, editora, se transformou em editora de cadernos especiais, função relativamente nova dentro da nossa empresa. Aliás, eu a inaugurei. Mas sim, vez e outra continuo dando meus pitacos nas salas ao lado. Porque isso faz parte de quem eu sou e de quem aprendi a ser, há 14 anos.
Por falar em anos que se vão e da história construída, foi aqui que resolvi me aventurar no campo do resgate da história dos vera-cruzenses. Aí surgiu o Tempo do Epa, minha coluna semanal para contar e mostrar coisas antigas. E como uma coisa leva à outra, foi a partir do prestígio que a coluna teve que eu fui convidada a ser Patronesse da Feira do Livro, em 2013.
Muitos colegas passaram por mim. Tantos que seria bem capaz de eu cometer uma injustiça se quisesse nominá-los. Mas cada um trouxe lições, trocou experiências e me fez crescer, pode ter certeza disso. Sem contar na equipe atual, que além de me aguentar dia a dia (chefinho Luis vai adorar isso), me faz renovar todo conhecimento e a transformação que a comunicação vive, desde sempre.
Obrigada, colegas do Arauto, pela oportunidade. Obrigada, leitores, por me acompanharem em quase metade da minha vida.
15 de abr. de 2016
E lá se vão 14...
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